terça-feira, 21 de junho de 2011

Carta de amor

Essa é só mais uma carta de amor, que não vou entregar, assim como muitas que na gaveta, nos “meus documentos” e na lembrança ficaram.



Querido,


Quando a gente se conheceu eu sabia que a gente ia ficar, e sabia mais, sabia que ia me apaixonar por você, e assim foi, ficamos e eu me apaixonei. Só não sabia que ia doer, e doeu.


Depois de algumas tentativas, de algumas promessas, de algumas brigas, tudo acabou, umas três vezes. Acabamos e voltamos, umas três vezes. Todas as três vezes namoros curtos, mas memoráveis, intensos. Pra mim.


É, eu fui babaca. Falei um monte de coisa que não queria falar, que não sentia, e as que eu sentia eu guardei só pra mim, pode ter sido imaturidade, mas que me custou essa paixão. Não sei se te amei, mas com certeza fui completamente apaixonada, louca, e irreconhecível. Ai que tá! Aquela menina maluca que te ligava às 3 da manhã bêbada chorando, que te fazia promessas de colocar o seu nome no primeiro filho, aquela que corria quando você chamava, aquela não era eu. Então, se por acaso um dia você gostou daquela menina sem medos e impulsiva, não era de mim que você gostava. Fui outra, outra que criei só para você, só sua.


Não tenho mais vontade de ser aquela menina, nem de estar com você, mas quando escuto seu nome, mesmo que seja de um outro alguém, sinto uma coisa que nem sei explicar se é felicidade ou medo. Por que essa menina aqui, tem medo.


O que mais me dói é pensar que talvez pra você não tenha significado tanto. Ou que tenha e que você desistiu.


Te agradeço por ter me feito aprender que o tempo é sábio. E que um dia para de doer.

Não tenho só lembranças de dor não, fique tranqüilo. Me lembro do seu sorriso, de quando você cantava pra mim e de quando te olhava dormir. Sinto que tudo, não passou de um sonho.


Tenho tanto pra te contar, tanta coisa que aconteceu, tanta que ainda vai acontecer. Queria saber de você. Mas sabe como é, as vezes não queria não. Deixa pra lá, não vai ser mais a mesma coisa. Nunca mais. Tive que matar aquela menina que criei pra você. Ela sofria demais e se entregava demais. E essa menina sofre menos. Mas ainda guarda fotos no meio de livros.

Vou terminar dizendo que quero que você seja feliz! Assim como toda carta de amor deve ser, clichê e cafona.


Com amor


da sua...

 
Tha!

3 comentários:

Xapa disse...

Que papo de doido...rs
Agora a pergunta que não quer calar...para quem é esta carta?
Com amor da sua
Xapa!

Mara disse...

Adorei a carta!!!
Ah se contar pra Gui também quero saber, kkkk.
Bjos

JOTAPE disse...

Como assim??