Uma história inventada

Tava pensando numa história pra contar pra vocês. Uma história real, interessante, engraçada. mas não tava conseguindo lembrar de nenhuma. Daí inventei. Lá vai:

O telefone tocou, saiu em disparada, mas seu coração disparava mais ainda.
- Alô?!
- Por favor, a Cibele?!
- É ela.
- Oi...er....oi, sou eu, o Edu!
- Até que enfim, quer dizer, oi Edu, que surpresa! Tudo bem?
- Tudo sim, viu, quer ir comigo na festa do Carlinhos no sábado?!
- Claro! Você passa aqui.
- Passo, as oito tá?!
- Tá. Beijo.
- Tchau.

Durante todo ano, Edu só tinha falado uma única vez com ela, tinha sido dois dias antes, e pediu seu telefone. Cibele não entendeu, afinal ele era "o popular" da turma, e ela amiga dos nerds e tocava flauta como ninguém.
Esperou ansiosa por esse telefonema e não acreditou que ele queria leva-la na festa.
No sábado ele passou na casa dela no horário combinado, nem um minuto atrasado. Cibele ainda escutou um último conselho de sua mãe: cuidado minha filha, não deixe ninguém te magoar.
- Tchau mãe!
Pof, bateu a porta.

Edu estava lindo, mais lindo que nunca. Ela entrou no carro e suas pernas tremiam. Chegaram na festa e todos os olhares voltaram pra eles. Algumas pessoas comentavam baixo, outras riam, mas ela nem ligou, estava com Edu, e isto bastava.

Edu, dois minutos depois, saiu de seu lado, se juntou aos seus amigos e começou a rir de Cibele. Começaram a falar de sua roupa, de seu óculos e de seus amigos.
Cibele achou que ia morrer. Nunca tinha sentido tanta vergonha. Edu falou alto, rindo:

- Como você é tonta Cibele, te chamei pq fiz uma aposta com meus amigos. Ou você achou mesmo que eu queria te levar pra uma festa?

Cibele fechou os olhos e viu sua mãe dizer:
- Cuidado minha filha, não deixe ninguém te magoar.

Cibele pegou um vaso na estante, andou até Edu e quebrou o vaso na sua cabeça. Edu caiu no chão. Sua cabeça sangrava e ninguém fez nada. Todos, pararam de rir e olhavam, atônitos, para Cibele.

Cibele foi até a porta, olhou pra trás e jogando o cabelo sorriu para todos e disse:
- Finalmente vocês terão alguma história pra contar.

Fim!

Ah vá, se não fosse pelo final trágico, dava até uma história de sessão da tarde.

Tha!