Só pra começar, tinha barata na balada. Mas o garçom falou que era normal, que depois elas voavam.
Vamos lá:
Não tem nada mais cafona do que, visualiza:Casal na balada, ele encostado na parede e ela dançando na frente dele, quase encostada manja? E ele lá, com cara de tupperware, olhando pro cantor. Ela com uma blusinha horrenda, que mais parecia um corpete, calça jeans e bota de corino, de bico e salto finos, o erro! E ele lá, encostado na parede. Daí ela rebolava ao som de “La Belle de Jour era a moça mais linda de toda a cidade...”, e ela dançava mal, muito mal. E o mané lá encostado na parede, ai que raiva. E eles sem mesa, tendo que ficar de pé. Arrumaram uma mesa pra eles, do nosso lado, e lá veio, a feia, o namorado mané e as amigas horrorosas dela. E o mané carregando a bolsa da feia, porque não basta ser mané, tem que carregar a bolsa da namorada, arrumar a mesa, as cadeiras, passar o pano, pagar a conta e dirigir, porque óbvio que era pra isso que ele tava ali, porque curtindo a balada ele não estava, nem um pouco.
Tendo em vista que a parede que o mané estava encostadao ficou vazia, um outro mané encostou. E gente, alguém avisa ele que ele tava na balada errada! De regada listrada, cabelinho com gel, assim, fazendo um moicano, um piercing laranjinha, calça justa...gente, avisa ele que a Lôca fica na Frei Caneca, não na Vila Madalena. Daí ele tomava a cervejinha dele, com uma carinha de nojo, tipo, odeio cerveja, e o mesmo copinho ficou na mão dele por uns quarenta minutos. Devia estar mais quente do que a cachaça de jabuticaba que eu tomava.
Foi quando o Elymar Santos, ta bom vai, o irmão dele, começou a tocar “músicas que meu povo gosta” e lançou um “"Minha dor é perceber que apesar de termos feito tudo o que fizemos ainda somos os mesmos e vivemos...” e o filho da Elis apareceu, cantando horrores, quase chorando, de batinha branca, barba e chinelo, diretamente dos anos 70.
Ah, já estava quase esquecendo de contar do grupinho de amigos que lá estava. Gente, quando tem um grupinho de amigos sempre tem um que se acha mais bonito que os outro, mais pegador e fica tentando azarar todas as mulheres da balada. Lá estava ele, de blusinha apertadinha vermelha. Ele tinha um amigo muito mais bonito que ele, mas que não sabia que era bonito e foi de pijama pra balada, bermuda branca e uma camiseta também branca do tipo “Estive em Caldas Novas e lembrei de você”. Então claro que o de camisetinha justinha estava se achando mais lindo ainda. E ele tinha um tática, ele parava atrás da moça que ele queria cantar, inclusive, qualquer moça, sem critério, podia ser bonita, feia, magra, gorda, baixa, alta, qualquer uma, ele parava atrás dela até ela perceber que tinha um encosto nela, daí ela olhava pra ver o encosto, dava de cara com o bonito que sacava uma piscada, seguida por um olhar 43. Medo.
Conclusão, baladinha uó. O Cidão vai fazer considerações sobre essa balada também. Fora que certeza que eu esqueci de comentar alguma coisa.
Mas calma gente, tinha coisas boas também. O Elymar Santos era super animado e cantava bem. E a cachaça de jabuticaba era uma delícia.
ps. não resisti, tive que publicar a foto do Elymar!
Tha!
Um comentário:
Nossa Coro! Onde você foi? Como foi parar lá?
Cada tipinho hein! *rs!
Fiquei com pena do babaca da parede 1 e do menino todo de branco. Senhor! Ele deve ter sido pego de surpresa. Tipo... estava no churras e arrastaram ele pra balada.
Beijos!
Tô com saudade.
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