quinta-feira, 6 de março de 2008

E o dia ensolarado lá fora virou um domingo chuvoso no meu coração

Hoje senti uma coisa muito ruim. Um sentimento que não sei o nome, mas que vem bater no meu coração algumas vezes.
Essa semana eu estava empolgada com algumas coisas. Estava feliz porque achei que recebi um elogio do meu chefe, e também sábado foi a festinha e foi tanta gente bacana, e estou pensando em fazer um esporte, quem sabe até um regime. Mas ai hoje, me senti mesquinha.
Sei que tenho direito de ser feliz. De estar feliz, mesmo quando nem sempre todos por perto se sentem assim.
Mas, voltando ao sentimento, daí hoje, eu feliz almoçava com uma pessoa que conheço a pouco tempo. Um homem de 33 anos, casado, evangélico, um filho. Uma menina. Um filho só, porque o outro morreu. Morreu quando tinha 07 anos. Esse ano faria 09, no final de março. Caiu de bicicleta, bateu a cabeça e morreu. Morreu estupidamente. Sem se despedir. Isso que corrói o pai, que me contou com lágrimas nos olhos. Só aguentou porque achou que a esposa iria enlouquecer. E ela quase enlouqueceu, nunca mais foi a mesma.
O pai me confidenciou que procura não pensar muito nisso. Tem medo de sair de si, de se descontrolar, de questionar Deus. Esse Deus que sempre esteve por perto. E que a esposa disse não acreditar mais, no dia em que o menino foi, sem se despedir. E o pai pediu para esposa que se voltasse contra ele, mas não contra Deus. E ela nunca mais foi a mesma.
E eu, feliz porque vou fazer hidroginástica.
Que felicidade mesquinha. Que felicidade pequena.
E ele com a dor. Com a dor que eu não suportaria.
E ele disse que gosta de mim porque gosta do meu sorriso.



Tha!

3 comentários:

Anônimo disse...

Já senti várias vezes esse sentimento que aperta o coração e sem a gente perceber leva consigo todas as nossas pequenas felicidades.
Dai vem as comparações, os arrependimentos, as revoltas, as tristezas...e depois como veio...passa.
Essa semana a Neti (faxineira do meu andar) veio me perguntar se podia usar o telefone rapidinho. Na mesma hora respondi que claro e disse que ela poderia usar o meu. Ela disse que tinha medo que alguém visse e que ia limpar a sala de reuniao e usar o de lá. Poxa vida eu uso o telefone a hora que bem entendo, ligo para Deus e o mundo e ela não pode se quer dar um telefonema básico para casa avisando a familia que vai se atrasar? Que horror...
Exemplo besta, mas que demonstra as diferentes condições de trabalho. Fiquei pensando o dia todo no trabalho dela...chega as 6h da manha e sai as 16h, limpa tudo com capricho, é educadinha. Aquela senhora fofa, manja?
Outro conversando com o frentista de um posto perto da casa do Armando, notamos que ele estava triste. Por sempre brincarmos com ele, eu e o Armando perguntamos o que aconteceu. Ele também perdeu um filho cara. 2 aninhos. Disse que sempre chora. Pensou também que ia enlouquecer.
Mais um dia de comparações, revoltas, arrependimentos...
Mas é bom...serve para despertarmos!

Unknown disse...

POis é...vamos sim começar a enxergar mais o outro,mas não vamos deixar de nos enxergar!É importante q vc não se volte apenas pra vc, mas tbm não se eskeça q vc tbm jah esteve triste e q estar feliz faz parte de viver tbm!!!Beijocas.

Anônimo disse...

Ele gosta de você feliz... faça o que puder pra que ele te veja bem, el merece neh!
Não só ele, as pessoas que gostam da gente nos querem bem, e muitas vezes merecem nos ver bem, as vezes penso que no fundo isso que me motivou muitas vezes, saber que existem pessoas que gostam de me ver feliz, engraçado,falador...
Pior que desde pequeno, ficava muito feliz de fazer uma prima morrer de rir comigo...
E a gente deve fazer isso pelas pessoas mas principalmente por nós.
Hoje tô confuso...