quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Casamento

Pra mim casamento sempre foi algo muito distante de meus pensamentos. Meus pais são separados desde que eu sou pequena, e eu, penso em ter uma família, mas não penso em casar. Casar mesmo, de verdade. Eu moraria com alguém, faria uma festinha, até casar no civil eu casava, mas noiva, buquê, daminha de honra, realmente é algo que nunca passou pela minha cabeça.
Eu nunca apoiei muitos minhas amigas que tinham esse sonho, não é maldade sabe? Mas é a mesma coisa quando meu pai conversa com meu tio sobre fórmula 1. Faço aquela cara de que to entendendo e dou uma risadinha no final. E eu sempre pensava “com o dinheiro que ela vai gastar nesta festa ela podia ir passar a lua de mel na Grécia”.
Até que, esse final de semana, fui madrinha de um casamento. Pela primeira vez na vida. Claro que mesmo não compreendendo o que realmente significa pra noiva essa festa toda eu aceitei ser madrinha. Mesmo porque a noiva é daquelas “amiga-irmã” que você ama incondicionalmente, e seria até madrinha do casamento dela. E o noivo seria seu amigo facilmente, mesmo que ele nunca tivesse namorado sua amiga.
Chegou no dia do casamento e eu fiz cabelo, maquiagem, unha, depilação e lá fui, bonitona. Assim que cheguei no lugar que seria a cerimônia (não foi uma cerimônia religiosa) minhas pernas deram uma tremidinha e me deu um nó no estomago. Falei para uma outra amiga presente: Nossa, to nervosa! Queria falar com a Cabeça (noiva) será que ela vai atender o telefone? Acho que não né? Vamos ali fumar um cigarro?
Quando dei uns passinhos curtos para a varandinha, dei de cara com o noivo. Todo de gel, terno, barba feita. Olhei pra ele e me deu uma vontade de falar um monte de coisa. Não consegui falar nada. Só abracei ele e fui fumar meu cigarro.
E é lógico que a noiva atrasou né? Lógico. E que eu fiz nesse tempo todo de atraso? Nada, batia as pernas incontrolavelmente, fumei, bebi água. E só.
Ai alguém me disse: A noiva ta ai na porta! Afê Deus do céu. Que coisa que me deu. Achei que ia vomitar em cima dela. Lá fui eu pro meu lugar, segurando no braço do meu parceiro, e os dois tremendo que nem vara verde.
Primeiro entrou o noivo, eu nem vi direito porque tava pensando nos netos que eles vão ter. Daí entrou a daminha. Uma lindeza, mas ela era muito baixinha e eu tava olhando pro teto pra não cair minha lágrima. Foi quando a noiva entrou. Linda. A noiva mais linda do mundo. Que bonita. De mãozinha dada com o pai, todo orgulhoso.
Na hora dos comprimentos primeiro veio o noivo, abracei ele e acho que disse algumas coisas. Mas a hora que a noiva veio me abraçar eu não lembro. Só lembro que chorei e que desejei que eles fossem muito felizes.Minha visão de casamento mudou. Mas mudou tanto. Continuo achando que isso de vestido branco com grinalda não é para mim. Mas descobri que passar por esses rituais podem deixar a gente muito feliz. E que, continuo acreditando no amor.


Tha!

2 comentários:

Anônimo disse...

Pelos deuses do Olímpo... vocês dois escrevem muito bem!!! Vou virar frequentadora do blog hahaha.
Sempre que der, paro pra fazer um comentariozinho básico. hehe

Bjos!!

Anônimo disse...

cabeça!!!!!

Amo tanto você .... E não há palavras que possam expressar este amor....
...............................

Coisa mais linda seu texto.....me fez chorar.....

Te ligo hj a noite...ja to em SP!!!!

Beijosssssssssssssssssss