segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Uma história de amor

Mais uma história de amor, ou talvez o fim dela.

a diz:
o problema sou eu.
a diz:
me desculpe.

b diz:
não assuma a culpa sozinho. eu tenho uma grande parcela de culpa! mas enfim, the end.

a diz:
não, b, não tem. porque a mínima integridade que exista deveria fazer uma pessoa só assumir os riscos que ela pode correr, que ela seja capaz de levar até o fim ou interromper apropriadamente. e eu sou um estabanado sentimental que faz sujeira e não limpa. porque não quer limpar. e desculpe não ter parado com o assunto.
a diz:
tudo bem brincar de "eu juro que eu não presto", porque eu brinco mesmo. e tudo bem se hoje eu acho graça de ser um sedutor descontrolado porque eu estou vingando a mim mesmo de uma adolescência reprimida ou algo que o valha. mas, as coisas tem um limite e eu não sei respeitá-los. e nem digo respeitar o dos outros, não. digo respeitar o meu mesmo.
a diz:
e desculpe mais uma vez não ter encerrado o assunto.
a diz:
é horripilante discuti-lo via msn
a diz:
mas quando eu te vejo acontecem outras coisas
a diz:
ou, como diria aquela música...
a diz:
Depois que nos encontramos
eu esqueço todo tempo
que fiquei sem te ver

b diz:
não vou desculpar você, dessa vez, por não ter encerrado com o assunto.
b diz:
e é só isso que eu tenho a dizer.

a diz:
é desolador.

b diz:
é, assim como algumas situações que a gente se vê envolvido e não consegue sair.

a diz:
isso. exatamente assim.
a diz:
vc quer encerrar esse assunto de forma mais real ou vc prefere nunca mais sequer roçá-lo?

b diz:
sinceramente, não vejo muito o que tratar.
b diz:
você vê?

a diz:
a vida inteira.
a diz:
mas ao mesmo tempo, não.
a diz:
acho que meu medo é ser aquele que fica andando na corda bamba, aflito de cair. ou seja, esperando o dia que o b não vai mais falar comigo e ponto, tipo me evitar mesmo. e por mais que enxergue a tal justiça nisso, dói. e dá medo.
a diz:
como diria a Bárbara, lá daquela pecinha que eu fiz, quando a gente não vê saída par alguma coisa, não adianta ficar batendo com a cabeça contra a parede...espera.
a diz:
mas tem também aquela que diz... ao fazer alguma coisa, você deve se consumir completamente, feito uma fogueira.
a diz:
AAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHH!!!!!!!!!!

b diz:
Como eu já havia dito, sou muito vulnerável. Às vezes, fico aflito, me desespero, e quero você só pra mim, integralmente. Mas depois de poucos minutos, me questiono e penso se essa seria a melhor saída. De qualquer maneira, como você disse (e apesar de eu não concordar totalmente), a culpa é sua. Eu fico aqui esperando, até você tomar uma decisão. Às vezes, acho que esperei demais.
b diz:
Às vezes, prefiro não colocar um ponto final nisso. Mas como a vida é feita de decisões e eu só consigo consumir tudo como uma fogueira, eu deixo claro que já esperei demais. Que quem vai tomar a decisão (mesmo porque não vejo outra maneira) sou eu. E a decisão é a gente parar com essa masturbação. Eu serei apenas um amigo agora e espero que você respeite isso e saiba lhe dar com isso.
b diz:
Sem indiretas, sem sarcasmo e sem brincadeirinhas. Não nos constrangeremos mais. E tenho dito.

a diz:
ou, como se vê, havia muito pra ser dito.



ps . obviamente, os nomes e nicks reais foram preservados.


Tha!
(ou melhor, a e b)

4 comentários:

Anônimo disse...

Nossa que papo de doido! Quer me matar de curiosidade é?
Bjs
Xapa

Anônimo disse...

Até dói tbm, sério. E o depois como fica?

Unknown disse...

Fiqeui triste tbm..ao msm tempo q parece alívio!

Unknown disse...

SÓ MAIS UMA COISINHA: EU TO COM UMA PUTA SAUDADE D VC THAIS!!!!!!!